sexta-feira, junho 9

Conceituando: Necessidades I

Como argumenta Katherine McCoy, designer, professora e autora e uma das minhas interlocutoras prediletas, atualmente é basicamente no comércio onde estamos investindo nosso capital de tempo, objetivos, habilidades e criatividade. Esta opção eleva a economia acima de outros assuntos potenciais como as necessidades sociais, educacionais, culturais, espirituais e políticas. Isto me parece extremamente contraditório no país em que vivemos. É inegável que possuímos conhecimentos que poderiam ser bem aproveitados na abordagem de problemas de difícil solução, como é o caso das carências ou necessidades sociais.

Acho que este é um bom momento para delimitar o conceito de necessidade que costumo adotar: escolhi como um dos interlocutores deste conceito o psicólogo humanista Maslow que desenvolveu uma teoria sobre as necessidades básicas do ser humano. Segundo ele, elas seriam:

1) necessidades fisiológicas (fome, sede, sono);
2) necessidades de segurança (segurança e garantia, ausência de perigo);
3) necessidades sociais (afiliação, aceitação e pertinência a grupos);
4) necessidades de estima e auto-estima (realização, competência e reconhecimento de si mesmo);
5) necessidades de auto-realização (auto cumprimento e realização das potencialidades próprias do indivíduo.

Melhor esclarecendo, segundo Apparecida Memede autora, educadora e psicanalista, as necessidades fisiológicas podem ser estendidas às necessidades de alimento, água, oxigênio, sono, sexo, proteção, estimulação sensorial e atividade, representando as necessidades para simples sobrevivência, sendo assim mais fortes ou mais compulsórias. E, ainda segundo esta pesquisadora, estas necessidades precisam ser satisfeitas até certo ponto, antes que as outras necessidades possam surgir.